O oftalmologista falou sobre as causas e tratamentos disponíveis para esse problema ocular
Confira a reportagem com o oftalmologista Geraldo Canto para a TV Evangelizar.
Os brasileiros precisam ficar de olho. O último censo do IBGE aponta que 36 milhões de pessoas tem alguma deficiência ou comprometimento visual. No mundo, duas em cada dez pessoas têm miopia. Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência da miopia pode aumentar nos próximos anos. A estimativa da OMS é de que até 2050, metade da população seja míope.
Quem tem miopia enxerga bem as pessoas e objetos que estão perto, já o que está longe fica embaçado. Embora tenha origem genética, alguns hábitos do cotidiano podem contribuir para o distúrbio visual.
“São duas situações que causam essa alteração do foco: ou a córnea é mais curva, mais pontudinha, ou a parte branca do olho é maior, mais alongada, o que chamamos de diâmetro axial maior. O principal fator de risco da miopia é a causa genética. Então, sem dúvida nenhuma, aquelas pessoas que têm pais com miopia ou irmãos com miopia, têm uma tendência muito maior. Mas, fora o fator genético, o que têm mostrado como um importante fator de risco na vida contemporânea são os hábitos comportamentais, como o excesso de leitura para perto e a falta das atividades em ambientes externos. Esses fatores estão sendo estudados para saber realmente qual a importância deles no surgimento da miopia”, explica o oftalmologista Geraldo Canto.
A miopia geralmente é percebida na adolescência, quando existe dificuldade na leitura e incômodo para reconhecer objetos distantes, além do ato de franzir a testa e forçar os olhos para tentar compensar a falta de foco. No caso de surgimento desses sintomas é importante procurar um médico oftalmologista para realizar o diagnóstico e iniciar um tratamento.
“O tratamento mais fácil e que todos os pacientes devem ter é um óculos. Então, pode se mandar fazer um óculos com grau e, se necessário, as lentes de contato também são uma ótima opção. Também temos a cirurgia refrativa, mas ela é indicada em casos mais avançados, em que já existe um grau bem estabelecido, além da idade mínima”, observa Geraldo Canto.
Diego Leão tem 21 anos e por causa do desconforto na hora de estudar descobriu que tinha miopia “Cerca de quatro anos atrás, eu estava na aula e não conseguia enxergar direito o quadro. Então, resolvi ir ao oftalmologista fazer o exame e descobri que tava com miopia”, comenta. Já o seu irmão começou o acompanhamento oftalmológico mais cedo, aos seis anos de idade “Meu dia a dia hoje, com a correção tanto com lentes de contato quanto com óculos é bem tranquila. Durante a semana, eu utilizo mais o óculos, por trabalhar diretamente com computador e, no fim de semana, eu utilizo a lente de contato”, conta Jonathan Leão.