O oftalmologista falou sobre tratamento e como evitar a doença nesta época do ano
Outono e inverno são as estações com maior incidência de conjuntivite. Só em março, em Paranaguá, foram registrados 13 mil casos da doença.
No começo de março, Ricardo estava no trabalho quando sentiu um dos olhos ficar mais irritado. Em menos de 24 horas, a situação piorou. Ele procurou um médico e descobriu que estava com conjuntivite viral. O designer precisou ficar 15 dias em tratamento e só dentro de casa.
“O médico recomendou o repouso absoluto para evitar o contágio para outras pessoas. Recomendou que eu ficasse em casa, afastado do trabalho, dos estudos, afastado das atividades do dia a dia”, conta o designer, Ricardo Mueller
Paranaguá, no litoral do estado, o número de casos da doença no último mês surpreendeu. Segundo a Secretaria de Saúde e Prevenção do município, foram mais de 13.400 diagnósticos confirmados.
“É um período em que aparecem as conjuntivites virais. E por ser transmissão viral, é claro que os cuidados de higiene pessoal são importantes. É um período em que, normalmente, temos mais casos de conjuntivite, mas nada que seja alarmante”, considera a chefe da 1º Regional da Saúde, Lidia Nafaguti.
Existem dois tipos de conjuntivite: a alérgica e a viral. A primeira é mais comum em pessoas com alguma alergia crônica e o tempo de duração é curto. Nesses casos, não existe o risco de contágio. Já o tipo viral é mais agressivo e pode durar até três semanas. Os olhos ficam inchados, com secreção e lacrimejantes.
“A conjuntivite infecciosa é a que transmite de uma pessoa para outra, de maneira direta. A pessoa que está com o olho contaminado passa a mão nos olhos para fazer uma higiene ou porque está lacrimejando e acaba contaminando objetos de uso comum e ali vai se espalhando no ambiente”, explica o oftalmologista, Geraldo Canto.
Casos de conjuntivite podem ser mais comuns no outono e no inverno, pois espaços com intensa aglomeração de pessoas favorecem esse cenário. Por isso, lavar as mãos com frequência e não compartilhar objetos são atitudes fundamentais para evitar o contágio.
“O cuidado básico é a higiene das mãos. E, quando for em lugares públicos, evitar de colocar as mãos em objetos que várias pessoas tocaram, como o corrimão de uma escada rolante em um shopping. Uma pessoa que estava ali alguns segundos ou minutos antes de você, se estava com a mão contaminada, contaminou o local. Se você colocou a mão ali e leva a mão até os olhos para dar uma coçadinha, pode se autocontaminar e, muitas vezes, nem vai saber onde que pegou a conjuntivite”, orienta Geraldo Canto.
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